sábado, 18 de dezembro de 2021

MARINA MASSARANI



por Ediel Ribeiro

 

Rio - Em 2002 (acho) uma velha revista “Programa” surgiu na minha frente em uma das visitas que fiz à redação do ‘Jornal do Brasil’, na Avenida Rio Branco, 110, no  Edifício Conde Pereira Carneiro, no mesmo endereço da antiga sede que foi demolida. 

A revista, aberta em uma página, ilustrada pela Marina Massarani me fez voltar no tempo do caixotão do ‘Jornal do Brasil’, na Avenida Brasil, 500. Parece ter sido ontem, mas, na verdade, foi há muito tempo.  Anos 90.

O JB tinha uma equipe de grandes ilustradores que se revezavam entre o jornalão a revista ‘Programa’, e a dominical ‘Revista de Domingo’. Dividiam o setor de Arte - uma sala espaçosa na entrada da redação, cheia de lápis 6B, lápis de cor, canetas nanquim, papéis, ecoline idéias e muito talento - Lula Palomares, Aliedo Kammar, Alessandro Alvim, Mariana Massarani e o saudoso Bruno Liberati. 

Todos super-talentosos.

Mas eu tinha uma especial preferência pelo traço naïf  - palavra francesa que tem como significado algo que é "ingênuo ou inocente" - da  Mariana Massarani. 

Mariana Medeiros Massarani, nascida no Rio de Janeiro, em 22 de abril de 1963, é uma premiada ilustradora e escritora. Já ilustrou mais de duzentos livros, a maioria de literatura infanto-juvenil.     

Mariana que prefere se denominar “selvagem”, era, na época, uma jovem bonita e talentosa que dava os primeiros passos no jornalismo. Carioca, a ilustradora começou no Jornal do Brasil, onde ficou por 13 anos.

Dona de um traço inconfundível, Mariana Massarani, após a saída do Jornal do Brasil, passou a se dedicar à ilustração de livros infantis. A artista - que usa os mais diversos e inusitados materiais na composição de suas ilustrações - e já ilustrou mais de 200 livros (seus e de diversos autores), é hoje uma das ilustradoras mais premiadas do país.

A ilustradora é sócia da empresa Capa Dura em Cingapura, junto com o premiado ilustrador brasileiro Roger Mello. Seus desenhos já foram expostos em várias exposições e catálogos pelo Brasil e no exterior, em países como Itália, Alemanha, Coreia do Sul e Japão.

“Também escrevi as histórias do Victor e o Jacaré (1993); Marieta Julieta Raimunda da Selva Amazônica da Silva e Sousa; Leo, o todo poderoso capitão astronauta de Leox, a cidade espacial (2002); Banho! (2006); Adamastor o Pangaré (2007); Aula de surfe (2007); Salão Jaqueline (2009); Quando Pedro Tinha Nove Anos(2009); Os Mergulhadores (2010); A Minha Avó( 2016) e Terra dos Papagaios (2016)”, diz a autora.

Ela também possui cinco livros digitais, disponíveis nas AppStores de todo o mundo, sendo eles: Chapeuzinho Vermelho, Os Três Porquinhos, Mistureba, Arrepio! e A Princesa e o Sapo.

Conquistou várias vezes os prêmios Altamente Recomendado e O Melhor para Criança (da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil). Também recebeu o Prêmio Jabuti em várias oportunidades (citando suas ilustrações nas obras: Inês em 2016; Se Eu Fosse...Um Bicho, Uma Planta Ou Até Um Objeto, Minha Vida Seria Muito Diferente em 2017), o selo White Ravens, o Prêmio FNLIJ 2015 (com suas ilustrações na obra Mania de Explicação) e o Troféu HQ Mix em 2004

A artista é considerada pelo cartunista e ilustrador  Ziraldo como a melhor ilustradora infantil do mundo.

*Ediel Ribeiro é jornalista, cartunista e escritor.


















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