sexta-feira, 29 de setembro de 2017

DIÁRIO DE UM CARTUNISTA

por Ediel

Rio - Sou um homem de situação financeira estável: sempre fui pobre.
Mas, acreditem, já foi pior.
Na juventude, frequentei muitos puteiros.
Dinheiro pouco, tinha que pechinchar.
O puteiro era de luxo, vários andares.
Na portaria, perguntei a um sujeito vestido como um comandante de navio:
Quanto tá o programa?
- Cem reais. - disse ele.
- Não tem mais barato? - perguntei.
- Oitenta, as mais maduras.
- Ta caro! - insisti.
- Tem uma anãzinha, por 50.
- Ainda não dá. Não tem mais em conta? - pechinchei.
- Tem. 20 reais. Lá no quinto andar, mas não tem elevador...
- Serve.
Cheguei morto na porta do quarto. O lugar tinha um cheiro esquisito e, pior, não tinha luz.
Foi a pior transa da minha vida.
A mulher não participava, nem dizia uma palavra.
Na portaria, na hora de pagar, o recepcionista perguntou:
- Gostou?
- Não! A mulher e muito fria. - respodi.
O sujeito virou-se para trás e gritou:
- Troca a MORTIINHA do quinto andar!!!

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