por Ediel
Ivan Lessa, numa crônica, nos lembra de uma velha marchinha de carnaval que fala em "bota o retrato do velho outra vez, bota no mesmo lugar, um sorriso do velhinho faz a gente trabalhar".
O velho, no caso, era Getúlio Vargas.
Acho que começou durante a ditadura de Getúlio, essa mania de botar a fotografia do presidente em locais públicos.
Com os americanos, é a mesma coisa.
Devem fazer, como apregoava a marchinha, as pessoas trabalharem melhor.
Michel Temer, não parecia acreditar na versão da marchinha.
Não ia fazer retrato oficial.
Dizia que, além de parecer um morto nas fotografias, o retrato oficial não o agradava por ser “um culto à personalidade que não é compatível com a democracia”.
Agora, recuou e fez.
A foto oficial, distribuída à imprensa, com recortes e marcas escandalosas de photoshop viralizou e virou chacota na internet.
Em tempos de recessão e desemprego e quase 12% da população economicamente ativa desempregada no país, não é só um retrato pendurado na parede que vai fazer o povo trabalhar.
Nem se fosse o da Marcela.
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