sábado, 28 de janeiro de 2017

O RETRATO


por Ediel

Ivan Lessa, numa crônica, nos lembra de uma velha marchinha de carnaval que fala em "bota o retrato do velho outra vez, bota no mesmo lugar, um sorriso do velhinho faz a gente trabalhar".

O velho, no caso, era Getúlio Vargas.


Acho que começou durante a ditadura de Getúlio, essa mania de botar a fotografia do presidente em locais públicos.

Com os americanos, é a mesma coisa.

Devem fazer, como apregoava a marchinha, as pessoas trabalharem melhor.

Michel Temer, não parecia acreditar na versão da marchinha.

Não ia fazer retrato oficial.

Dizia que, além de parecer um morto nas fotografias, o retrato oficial não o agradava por ser “um culto à personalidade que não é compatível com a democracia”.

Agora, recuou e fez.

A foto oficial, distribuída à imprensa, com recortes e marcas escandalosas de photoshop viralizou e virou chacota na internet.

Em tempos de recessão e desemprego e quase 12% da população economicamente ativa desempregada no país, não é só um retrato pendurado na parede que vai fazer o povo trabalhar.

Nem se fosse o da Marcela.

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