por Ediel
Rio - Coisa chata é ser apresentado a uma pessoa que você sabe quem é, mas não lembra o nome de jeito nenhum.
Aprendi com o dr. Drauzio Varella, que esse constrangimento se deve ao fato de que a área cerebral envolvida no reconhecimento de faces é separada daquela responsável pelo arquivamento de nomes próprios.
Somos bons reconhecedores de fisionomias porque essa habilidade foi essencial à sobrevivência. Notadamente, hoje, no mundo violento em que vivemos, perceber se quem vem em nossa direção é amigo ou inimigo vale muito mais do que saber seu nome.
Mas , estranhamente, nunca esqueci do nome de uma mulher com os pés bonitos.
Isso tem um nome: "Podolatria". Literalmente, "Podolatria" significa “amar os pés”, “idolatrar os pés”. O termo é frequentemente usado para descrever uma espécie de fetiche erótico.
Conheci minha primeira mulher, Irene, assim.
Trabalhávamos juntos. E sempre que entrava na sua sala, ficava admirando seus pés. Ela fazia o possível para escondê-los debaixo da mesa.
Nunca falei sobre isso. Tinha vergonha.
Depois que descobri que Elvis Presley e Quenti Tarantino, lá fora e Carlos Eduardo Novaes e Henfil, meus ídolos, aqui no Brasil, eram fissurados em pés femininos, desencuquei.
Henfil contava que sua fixação por pés começou muito cedo, na infância, no berço, ainda:
Na parede em frente havia, sobre um suporte, uma imagem de Nossa Senhora pisoteando a serpente.
Ele não conseguia tirar os olhinhos dos pés da Madona.
Talvez, por isso, Henfil desenhava pés tão bem.
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